domingo, 5 de julho de 2015

Dubito ergo cogito; cogito, ergo sum.


Neste momento em que travamos com outros brasileiros discussões acirradas a respeito da segurança pública, em especial sobre a questão da maioridade penal, decidi guardar alguns trechos da batalha.

Segundo informado pelo professor Elvino Bohn Gass através do site Pragmatismo Político (citando dados da UNICEF), apenas 0,01% dos jovens abandonados pelo Estado e provenientes de lares desestruturados entram para o crime. Ou seja, 99,99% dos jovens em situação de vulnerabilidade decidem ser cidadãos úteis, dignos, honestos. Uma percentagem ínfima decide que é mais fácil apropriar-se dos bens de consumo de outras pessoas, numa forma danosa de egoísmo, causando às suas vítimas susto, sofrimento, dor e, frequentemente, morte. Isso é totalmente errado, e as medidas sócio-educativas aplicadas nos últimos vinte e cinco anos, desde a origem do ECA, não corrigiram o problema da criminalidade infanto-juvenil. Esses jovens abandonam a escola cedo, prejudicando inclusive o acesso de suas famílias (que existem, sim, apesar de desestruturadas) a programas como o Bolsa-família. Os governos e organizações de DH se sucedem, levantando bandeiras em defesa desses jovens criminosos sem, contudo, chegarem a qualquer resultado positivo, defendendo a inimputabilidade e penas brandíssimas que geram sensação de impunidade e até de incentivo, produzindo mais crimes e mortes evitáveis, envergonhando e enlutando a toda a sociedade. As perguntas que o governo e essas organizações de DH não se fazem são: o que acontece com as vítimas, mesmo as que não são assassinadas, mas que são, por exemplo, retalhadas com caco de vidro por chamarem a polícia, como aconteceu ao segurança do BarraShopping há poucas semanas? Esse segurança voltará ao trabalho? O que vai ser de sua família, se os criminosos encontrarem seu endereço e fotos dos filhos em sua carteira? Não se busca separar os maus e os bons. Busca-se evitar que os 0,01% maus, incorrigíveis e reincidentes, prejudiquem a toda a sociedade, rapinando e matando impunemente cardiologistas, professoras e faxineiros, desestruturando outros lares e atingindo as crianças e os adolescentes que perdem seus chefes de família. O crime deve ser punido, não importando a idade do criminoso. Sim, de forma adequada, respeitosa e com o máximo rigor legal. Mostrar claramente a esses jovens, desde a mais tenra idade, que o crime não compensa, é nossa obrigação como pais, cidadãos e seres humanos.

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