terça-feira, 12 de junho de 2007

Grampo

Hoje cedo, numa época em que o Grande Irmão anda à cata de bruxas, recebi um telefonema misterioso, mudo, de um número ainda mais misterioso: (61) 9942-3024. Desligaram sem falar nada. Dei retorno e, após o primeiro toque, entra uma gravação, de má qualidade e baixo volume, de um sinal de ocupado. Antes que o sinal de ocupado acabe, ouve-se um clique e o som termina. Insisti mais algumas vezes, e aí começou a aparecer a gravação padrão (sem o nome do dono da caixa e sem mensagem pessoal) para deixar recado. Essa mensagem sumiu mais tarde para ceder lugar novamente ao tal sinal de ocupado. Mesmo considerando a possibilidade de paranóia social, eu diria, como Holmes, que todas as evidências são favoráveis à hipótese de o meu telefone ter sido finalmente grampeado.
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Outro dia ouvi, pelo rádio (rádio comum, FM, e não rádio de escuta clandestina, caramba!) dois deputados dizendo duas coisas diferentes: o primeiro deputado dizia que não atenderia mais o telefone, porque se algum eleitor ou qualquer desconhecido ligasse dizendo que ia mandar uma caixa de bombons ele poderia ser preso. Em entrevista à CBN, enquanto eu tomava uma ducha, outro deputado disse que "a corrupção está lá fora (do Congresso), pois aqui não fazemos licitação e não contratamos empreiteiras". Eis o ângulo. O demônio é você, eleitor.

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