quinta-feira, 7 de junho de 2007

Cecília


Descobri este poeminha de Cecília Meireles em plena fogueira do sétimo período de 2006 (ou inferno astral, como queira). Ajudou a por muitas coisas nas suas devidas proporções:

Canção Mínima
(Cecília Meireles)

No mistério do Sem-Fim
Equilibra-se um planeta.

E, no planeta, um jardim,
E, no jardim, um canteiro;
No canteiro, uma violeta,
E, sobre ela, o dia inteiro.

Entre o planeta e o Sem-Fim,
A asa de uma borboleta.

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