Quatro reportagens publicadas nos jornais de hoje foram ilustradas por imagens muito semelhantes. São fotos feitas na Alemanha, em São Paulo, em Porto Príncipe e em Bagdá. Todas mostram prédios e casas destruídos, escombros por toda parte, pessoas desesperadas.
Nos três primeiros casos, as causas dos desabamentos foram naturais: na Alemanha e em São Paulo, as chuvas causaram estragos em vários locais com risco de deslizamentos de terra; em Porto Príncipe, dois terremotos seguidos provocaram uma tragédia de proporções inimagináveis, terminando de destruir um país já combalido pela miséria extrema a que o levaram seus governantes.
Em Bagdá, outrora capital mundial de tudo quanto era bom, culto, avançado e bonito, não existem terremotos ou deslizamentos de terra. Pra conseguir um efeito semelhante, chega alguém, grita o nome de Deus e explode, levando consigo famílias inteiras, prédios, hospitais, templos, escolas e o que lhes der na telha.
Imagino a decepção desses "mártires" ao descobrirem, do outro lado, que não há mil virgens esperando por cada um. O que é de lascar é que o fundamentalismo muçulmano vai continuar ainda por muito tempo ensinando aos jovens descendentes dos caldeus e babilônios que morrer com o nome de Alá nos lábios é bom, mas que levar junto vários infiéis é ainda melhor. E essa tragédia vai continuar repetindo-se por muitos e muitos anos, até que, por fim, sejam compensadas não apenas essas mas todas as outras barbaridades cometidas contra a humanidade por assírios, hititas, sumérios, medos, persas e outros povos da antiga Mesopotâmia.
Imagina o tempo que isso vai levar.
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