Acordei muito antes do despertador. Bagagem pronta, banho rápido, um breve passeio pelos jornais na Internet e partida. Nem precisava chegar tão cedo ao aeroporto, mas a ansiedade que me move há semanas não pode mais ser reprimida: quero, sim, chegar.
Se bem que deixei tudo para a última hora: arrumei a bagagem na véspera, fui comprar o presente do meu filhote na véspera, documentação na véspera... uma parte de mim nem quer ir, e entendo bem por quê.
Mas vou!
Vou encerrar isso tudo pra começar de novo. Os degraus estão mais altos, as possibilidades de escolha diminuem, mas agora tenho asas (espero) e vou voar com elas.
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Hoje faz um frio infernal (hahahaha) em Brasília. A mesa de mármore, congelada, torna um sacrifício usar o mousezinho (tenho rixa com o tal do "synaptics pointing device", o mouse do laptop, que, de tão besta, nem tem nome, é "device"). A temperatura da corrente de ar que sopra da pista de pouso deve estar muito perto do zero, porque, a essa altura, minhas mãos estão congelando e a melhor maneira de evitar a paralisia é continuar escrevendo...
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Fico pensando nas diversas reações que a minha chegada trará. A melhor de todas será a do meu filhote, que, sem surpresas, ficará, sim, muito feliz em me ver. Os abraços dos manos, a grande satisfação deles, o abraço saudoso da minha mamãe tão querida e que nem curti direito nesses últimos 27 anos... O abraço do meu pai, meu pai.
Mas.
Tem um divórcio no meio do céu. Oro para que tudo dê certo, tudo se resolva bem, tudo fique bem, minha dor fique num canto e morra, ela fique bem, eu fique bem, Vic fique bem.
God willing, vai passar e, dizem os oráculos, eu vou ser feliz... é muito importante, para a sobrevivência dos oráculos, que eles digam coisas assim; e também, irra, é bom ouvir. O que seria da vida sem esperança? Que vivam os oráculos e, como diria Zé Xico Barbixa Magno, venha o que tiver de vir -- desde que seja bom, af!
Jampa, lá vou eu.
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