Ser uma personagem é uma prisão: moldes, modus operandi, gosto disso e não daquilo, fronteiras, a necessidade de coerência absoluta sem conhecer muito sobre muito. Ora, rap também pode ser bom, e só não danço forró por mera timidez, e não por não gostar. É que música é uma coisa, ambiente cultural é outra e dançar é ainda uma outra coisa.
Aprender a ler todas as línguas, mesmo sem dominar a todas; distinguir as cores dentro das cores; conhecer os ritmos e suas origens; distinguir o oboé e a viola dentro da orquestra: isso é ouvir quando o Criador fala; é ler os manuscritos da Mente Universal espalhados por toda parte.
Distribuir o que for viável. Receber sem constrangimento. Beber só pelo paladar. Amar até cair. Despencar com elegância. Renascer como quem emerge do mar.
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