sexta-feira, 30 de julho de 2010
Kit de privilégios
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Releasing a moment
Was there something more I could have done?
Or was I not meant to be the one?
Where's the life I thought we would share?
And should I care?
And will someone else get more of you?
Will he go to sleep more sure of you?
Will he wake up knowing you're still there?
And why should I care?
There's always one to turn and walk away
And one who just wants to stay
But who said that love is always fair?
And why should I care?
Should I leave you alone here in the dark?
Holding my broken heart
While a promise still hangs in the air
Why should I care?
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Banalidade e tabu (2)
Nada justifica a barbaridade levada a efeito contra a moça. Entretanto, esse tipo de crime persistirá enquanto a Justiça legitimar o uso da gravidez para fins de ascensão social.
Manutenção e alimentação são uma coisa; exploração e chantagem são outra bem diferente. Pessoas como Mick Jagger e Paul McCartney preferiram abrir mão de parte de suas fortunas para pagar indenizações astronômicas às golpistas que os apanharam dormindo sem touca. Outros, menos esclarecidos e mais impacientes, como Bruno, precipitaram-se ao ponto de destruir suas vidas, por não concordarem com o achaque e decidirem dar uma solução simplista ao problema.
Como a questão revela-se mundial, cabe debater até que ponto uma ação positiva, como a proteção dada pelo Estado moderno à mulher que quer o reconhecimento paterno dos seus filhos, pode ser utilizada de má fé, garantindo a essas mulheres excessos na concessão de direitos que arranham os conceitos básicos de justiça.
sábado, 10 de julho de 2010
Sobre a violência praticada por mulheres
Luciana Saddi, blogueira da Folha de S. Paulo, abordou em seu blog o tema da violência exercida pela mulher contra o homem. Tabu de dois gêneros, o assunto é tratado com timidez e de forma ainda incipiente. Eu mesmo tentei, outro dia, escrever sobre isso. Meu post, publicado também nos comentários da Folha Online, incluiu muita coisa que ninguém quer discutir e foi duramente criticado por quase todas as mulheres que tiveram acesso ao texto (nenhum homem se manifestou contra ou a favor). Fui acusado de estar "de mal " com as mulheres, de ser machista, retrógrado, supersimplificador e ouvi tudo o que era de se esperar. Como meu comentário (intitulado "Banalidade e Tabu") incluía mesmo algum irrefreado machismo, cheguei a removê-lo do blog, mas ei-lo reabilitado pela coragem da jornalista.
O texto de Luciana tem suas pinceladas de feminismo e expõe a mágoa contra a dominação masculina, mas já é um bom começo para tratar do assunto. Uma discussão séria, ainda que provavelmente apaixonada, desse tema, poderá iniciar um movimento que eventualmente venha a sanar as graves injustiças cometidas diariamente contra o gênero masculino pelas sociedades modernas.
Segue a análise da escritora, psicanalista e blogueira Luciana Saddi.
Quando falamos em violência nos referimos a uma das formas de exercer o poder. A violência física, o terror, o estupro, a tortura, o cativeiro e o aprisionamento sem julgamento são formas históricas de dominação. As mulheres não tiveram muitas chances de exercer o poder dessa maneira, foram mais vítimas do que algozes, porém desenvolveram formas disfarçadas de praticar a violência no âmbito que lhes foi permitido participar. No âmbito familiar por meio do controle da casa, das rotinas e dos filhos - os abusos cometidos contra crianças merecem um capítulo a parte. A situação de dependência aumenta a vulnerabilidade ao exercício do poder: quem estiver com mais medo se colocará e será colocado mais rapidamente na posição de vítima.
Mulheres envenenam com palavras. Atingem o calcanhar de Aquiles de seus homens, intuitiva ou propositalmente, ao colocá-los em posição de jamais satisfazê-las. Também provocam a competição de seus parceiros com outros homens: – fulano de tal tem um supercarro e me telefonou ontem! Manipular por meio da culpa e da pena é uma das armas infalíveis dessa guerra. E cada um usa as armas que tem.
Se há complementaridade na violência doméstica contra mulheres, quando as vítimas fazem conluios inconscientes com maridos e namorados, há também um conluio dos homens que se tornam vítimas das mulheres, pois se colocam em missões impossíveis de realizar como: satisfazer completamente a esposa e os filhos. Também quando não conseguem evitar algum desafio ou competição com outro macho, propostos, mesmo que inconscientemente, por uma mulher de seu interesse.
Porém quantos homens não se sentem vítimas do poder sexual de uma mulher? A provocação sexual, a recusa ou esfriamento são instrumentos extremamente poderosos nas mãos delas. Muitas vezes elas nem sequer precisam jogar os jogos de poder usuais, alguns homens são tão vulneráveis e odeiam tanto o poder de excitação do corpo feminino que apedrejam, estupram e matam".
Luciana Saddi é psicanalista e escritora. Foi titular da coluna "Fale com Ela", publicada na Revista da Folha.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
O Sonho do Retorno
que llevó con él mis preguntas y mi voz
Como un lento barco se perdió en la espuma
Le pedi que no diera la vuelta
sin haber visto el altamar
y en sueños hablar conmigo de lo que vió
Aún si no volviera
yo sabría si llegó
Viajar la vida entera
por la calma azul en tormentas sozobrar
poco importa el modo si algun puerto espera
Aguardé tanto tiempo el mensaje
que olvidé volver al mar
y así yo perdi aquel poema
grité a los cielos todo mi rencor
lo hallé por fin pero escrito en la arena
como una oración
El mar golpeó in mis venas
y libró mi corazón.
(Pedro Aznar / Pat Metheny, "The Dream of the Return")
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Perdemos a Copa
Vínhamos em pleno oba-oba, com feriados sucedendo a feriados, que levaram inclusive ao fechamento de escolas, postos de saúde e outras repartições públicas, com custos fixos bancados pelos que trabalham e recolhem impostos mesmo durante os jogos da Copa. Os contribuintes, embalados pela alegria de ver seu time vencer, relevavam a tudo isso e mais.
A frustração com o Mundial de Futebol, quero crer, porá novamente os brasileiros cara-a-cara com o Brasil. E isso não poderia acontecer em melhor hora.
É época de eleições, que contarão com muitos "fichas sujas" com suas candidaturas liberadas por seus pares do STF. Espero que o retorno antecipado dos Canarinhos provoque tão grande mau humor na nossa torcida que inviabilize as próximas artimanhas dos capangas dos Gilmares, em Brasília, no Mato Grosso e em qualquer lugar.
Perdermos a Copa pode criar uma oportunidade para ganharmos o Brasil.
Vibração com o Ficha Limpa (II)
Nem deu tempo começar a vibrar com a entrada em vigor da Lei Ficha Limpa: sem surpreender a ninguém, o ministro Gilmar Mendes, do STF, chegou para lembrar a todos que alegria de cidadão dura pouco. Dias Toffoli pegou a deixa e deu também sua contribuição à perpetuação da criminalidade no legislativo."Gilmar Mendes suspende primeira inelegibilidade de político com ficha suja" (Folha Online, 01/07/2010)
"Ministro do STF suspende lei Ficha Limpa para deputada de Goiás" (Folha Online, 02/02/2010)
As frequentes decisões tomadas pelo STF, favorecendo o crime organizado, têm causado prejuízos imensos à sociedade brasileira, dentre os quais o pior nem é o colossal dano ao Erário, mas sim a sensação de impotência do cidadão ante o avanço do poder dos criminosos -- impotência e poder que parecem crescer a cada manifestação do Supremo.
Ao lutar contra a máfia em seu país, o promotor italiano Giovanni Falcone chegou a declarar: "A concepção de uma guerra frontal entre a política e a máfia não pode ser aplicada ao combate de uma organização criminosa. Podemos dar-nos por satisfeitos se conseguirmos reduzir as ações ilegais da máfia a um nível menos assustador".
Assim como seu antecessor, Falcone foi assassinado pela máfia, embora, depois disso, a Itália tenha feito avanços consideráveis no combate ao crime instalado nas instituições públicas.
Essa luta, no Brasil, ainda é incipiente mas, com a imposição do Ficha Limpa ao Congresso, a sociedade demonstrou que não tolera mais a dilapidação diária da coisa pública, promovida por criminosos que desejam concorrer a ou permanecer em cargos eletivos.
Resta encontrar mecanismos capazes de desmantelar o auxílio luxuoso prestado ao crime organizado pelos tribunais brasileiros.