Tem coisa que nunca muda:
" A revista moralistatraz uma lista dos pecados da vedete"- Gal Costa, "Parque Industrial", 1968
Você pode imaginar que tipo de alienação (ou perversão) pode fazer com que alguém passe pelos anos 70 e continue escrevendo, lendo e publicando a revista moralista. Mas, ainda pior que não ver o mundo passar, é a lentidão com que a humanidade, ou a sociedade, que seja, evolui. Vide novamente Gal, 1968 :
"E tem jornal popular que
Nunca se espreme
Porque pode derramar
É um banco de sangue encadernado
Já vem pronto e tabelado
É somente folhear e usar"
Pra quem acompanha os passos dos séculos, essa lentidão pode até mostrar um caminho, tendência, esperança: mas, para quem lembra apenas (e mal) dos incidentes desta encarnação, é exasperante.
Todavia, nem era sobre isso que eu ia escrever. Ia falar sobre como era bom antigamente, e da saudade que tenho das minhas amigas e dos meus amigos. Como estarão eles? Como estarão seus corações e mentes, quase quarenta anos depois? Onde o sorriso, o abraço, o afago, aquele afago especial que se faz na alma ao tocar-se o braço de um amigo?
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