O mais novo ministro do STF, Carlos Ayres Britto, votou pela extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, condenado na Itália à prisão perpétua por assassinar quatro pessoas. A votação no Supremo ficou empatada e aguarda o voto do Presidente do Tribunal, Ministro Gilmar Mendes (aquele que até hoje não explicou o que significa a expressão "seus capangas do Mato Grosso", usada pelo Ministro Joaquim Barbosa).
Ocorre que o Ministro Gilmar está fazendo o que pode (se está fazendo também o que não pode, eu não sei) pra não votar. Tem as razões dele lá para não se posicionar nesse caso.
Mas, para que o Ministro Gilmar não vote, é preciso mudar a votação original. Desse modo, busca-se agora fazer com que o calouro Carlos Ayres Britto mude seu voto. Mudar o voto! O homem vota conforme entende que deve votar mas é pressionado a desvotar. E vejam só como é a pressão: a defesa do réu contratou um ex-mestre do Ministro Carlos para convencê-lo a mudar o voto. Defesa é defesa e deve apelar pra tudo quanto é santo, mas como é que os advogados conseguem pressionar o juiz a mudar seu voto?????? A quem interessa que Battisti escape à punição por seus crimes, de resto já determinada pela justiça italiana? Quem somos nós, no Brasil, pra dizer que o crime de Battisti, cometido na Itália e julgado lá, é um "crime comum", um "ato terrorista" ou um "ato político"?
Nossa tradição jurídica é de anistiar criminosos, libertar criminosos, conceder benefícios a criminosos, dar penas brandas a criminosos ou, mais comumente, sequer puni-los.
Agora estamos exportando nossa expertise para o Lácio, como um carma desgraçado que volta para assombrar os juízes italianos.
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