Hoje é um dia de aniversário. Nem tem nada a ver comemorar esse, mas hoje também é sexta-feira; e foi um dia particularmente cansativo no trabalho.
Estou há uma semana em São Paulo, com bagagem suficiente pra apenas dois dias. Os sucessivos adiamentos me impediram até de mandar lavar roupa. Tive que ir ao Carrefour duas vezes pra comprar mais algumas coisas pra vestir; assim, hoje aproveitei pra visitar a bela adega do supermercado, na Pamplona. Lembrei que amanhã tem encontro da comunidade do vinho em Brasília e comprei um vinho espanhol, um Rioja 2004. Bom! Trouxe já aberto pro quarto do hotel, juntamente com (aff) um peso de roquefort, um Brie, uma pera, um saquinho de amendoim, outro de castanhas do ceará e uma caixa de Bon Gouter, que se juntaram à caixa de Polenguinho de ontem pra compor a mesa de jantar mais eclética desta grande metrópole que são as sextas-feiras.
Depois de pegar uma briga feia com a rádio do Skype, que insistia em tocar rock, desisti e abri o Musicovery: não dá pra escolher exatamente o que se quer ouvir, mas é melhor do que rádio bugada.
Um bom banho expulsou meus yah-yahs, e finalmente tá tocando música civilizada na WebRadio. Não que eu não goste de rock: gosto muito mesmo, mas rock tem hora. Agora tá rolando Norah Jones e, em seguida, vai tocar alguma coisa de Diana Krall. Bom!
Sinto falta de pessoas que eu ame. Amar e dar amor é muito muito muito bom!
Pensei em seguir o bom conselho de Ana, que me ligou de Honduras pra me ordenar que eu me divertisse, e ir ao cinema ou a algum pub; mas ficou tarde pro cinema, e que raios eu vou fazer num pub sozinho sem estar nem um pouco a fim de entrar na lengalenga do ignora-rudemente-mas-paquera em que se transformou a humanidade?
Putz! Por falar nisso, lembrei-me da folcloríssima figura Ricardo Tolete, sanfoneiro de Lampião, que, numa noite iluminada diante do glorioso portal do Theatro Santa Roza, há muitas vidas atrás, me cutucou e apontou disfarçadamente pra dois caras que estavam parados a alguns passos de distância, perscrutando a natureza feminina solta na buraqueira da noite paraibana: com vaticínio soberano, o querido Ricardo sanfoneiro disse que tava escrito na testa dos dois primatas, e tava mesmo, "quero comer b*****". Lembrei até do gesto feito com dois dedos e levado até a testa, que ilustrou aquela memorável fala.
(Pronto: Norah resolveu cantar "What Am I to You": a peste tinha que aparecer na minha cômeimouração! Que tipo de animal sem vergonha na cara sou eu? Felizmente fui salvo pelo gongo por um tal Lee Scratch Perry, cantando um reggaezinho jamaicano balançado, "Why People Funny", que trouxe de volta o alto astral. Bom!)
Depois de uma semana de frio incrível, fez sol hoje o dia inteiro na cidade dos paulistas. Liguei o ar condicionado enquanto o rádio subia de novo graças ao baixinho Michel Petrucciani.
Não sei como terminar este post. Na verdade não queria despedir-me do querido diário: gosto de conversar sobre mil amenidades por segundo. Um blog é boa companhia. Abraço!
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