A solidão começa cedo. Deixamos solidão na casa dos pais. Amigos do peito e grandes amores se vão. Os filhos se vão e, de repente, é a nossa vez de sentir que a casa ficou grande demais. Vamo-nos, e deixamos a solidão de herança para mais alguém.
Passamos a vida inteira expandindo nossos espaços para minimizar as nossas muitas solidões. Iluminamos, limpamos, pintamos, colorimos, agregamos, descobrimos, inventamos, repomos com qualidade; mas, uma vez concretizada pela partida, cada solidão é impreenchível. É um ente remoto, guardado em um local feliz e dolorido, e que nunca morre.
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