Hoje cumprimentei meu mais novo sobrinho, filho de Augusto, no portão da escola. Ele nem me conhecia antes disso, mas os genes, a aura, a semelhança são facilmente reconhecíveis até para uma criança em um sonho.
Ele estava no meio de uma operação conjunta de puxar alguém para fora do corredor de entrada: algo como um cabo-de-guerra sem corda.
Quieto (ou, pelo menos, mais quieto que os outros), zen, A CARA de Victor com a serenidade do pai. Cumprimentei-o: "e aí, sobrinho"?, levando o punho fechado em sua direção. "E aí, tio"? foi a contra-senha, carregada das vibes da família, enquanto batia o cotovelo e o punho contra a minha mão.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
Certas canções que ouço
Não acordo mais às três da manhã. Não monologo repetindo antigas conversas. O caminho bucólico voltou a ser apenas um caminho. Antigas canções... bem, não tenho ouvido antigas canções, mas isso não significa que não tenha cicatrizado. É que cicatriz não dói, mas também não é pele comum. E deve ser tratada como cicatriz.
Certas canções que ouço
Cabem tão dentro de mim
Que perguntar carece:
"Como não fui eu que fiz?!"
Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor
Contos da água e do fogo
Cacos de vida no chão
Cartas do sonho do povo
E o coração do cantor
Vida e mais vida ou ferida,
Chuva, outono ou mar,
Carvão e giz, abrigo,
Gesto molhado no olhar
Calor, que invade, arde, queima
Encoraja, amor
Que invade, arde, carece de cantar
Calor
Que invade, arde, queima
Enconraja, amor
Que invade, arde, carece de cantar...
(Tunai / Milton Nascimento, "Certas Canções"
Medonho
É verdade que não falo muito sobre o meu mais recente casamento. Tenho um medo imenso de ser infeliz, de ter errado.
Evidente enxerto de complexo de avestruz + um otimismo que beira a porralouquice. E eu que me vejo tão sério!
Evidente enxerto de complexo de avestruz + um otimismo que beira a porralouquice. E eu que me vejo tão sério!
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