terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ups

De repente eu tinha saído da infância. Conhecia truques, tinha legiões de amigos e, uhu!, namorada!, que arranhava meus pulsos porque tinha lido, em algum lugar, que isso causava excitação sexual.

Tive dois bebês. Não fiz quase nada direito da primeira vez, mas me esforcei muito e, se pudesse, refaria tudo aquilo onde errei. Juro. Da segunda vez eu já era senhor do meu destino e dono de castelo. Minha mulher era a coisa mais importante do mundo, tanto quanto obter reconhecimento pelo meu trabalho. Brinquei de carrinho na barrigona, fiz novamente todas as preces e orei por todas as bênçãos. E elas vieram!

É bastante triste não os ter comigo. Mas as lembranças são verdadeiros sonhos. Eu devia ser mãe. Nunca nunca nunca nunca nunca nunca os separariam de mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

"De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro! "

Fernando Sabino

Anônimo disse...

Oi, Anônima. Também gosto muito desses versos...

Que a Divina Essência do Cósmico nos faça puros o bastante para que vejamos a ponte que leva ao nosso Caminho definitivo -- ao fim do qual encontraremos a Luz, a Vida e o Amor.

Beijo!